Em entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A Tarde FM, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), João Jorge Rodrigues, falou sobre os esforços para a recuperação da entidade após gestões desastrosas durante o governo do ex-presidente Bolsonaro (PL).
“A Palmares é a cara da Cultura do Brasil. Do governo federal, foi o organismo mais atacado, por uma pessoa que dirigia a Palmares, junto com o presidente. Não se atacou a área econômica. O alvo era a cultura, os artistas. E o alvo era a Palmares, dentro da cultura. Tem todo um esforço agora — não só do presidente, mas da equipe que está lá, da ministra Margareth Menezes e do presidente Lula — da Palmares voltar a ser o ator que já foi um dia”, afirmou.
Para o baiano, que foi indicado pela ministra da Cultura, Margareth Menezes, a recuperação é fundamental para a retomada da relação com os países da América e África, entre eles Colômbia, Venezuela, Peru, Equador, Gana, África do Sul, Etiópia.
“Foram oito embaixadores na posse. Agora, na entrega da nova casa, nós estamos convidando 15 embaixadores africanos. Devemos ir a Gana agora em julho, para uma nova parceria entre Gana e o Brasil, Gana e a Bahia. São 54 países africanos, alguns dos quais muito importantes economicamente em parceria com o Brasil, como a África do Sul, o Egito e a Etiópia, e que a Palmares se afastou disso”, pontuou.
Ainda na entrevista, João Jorge revelou que a Fundação Palmares vai retornar o convênio com o Itamaraty, que visa a formação de diplomatas.
“[…] Para finalizar do ponto de vista da nova Palmares, reatamos um convênio com o Itamaraty para formar diplomatas. Eram 20 vagas para esse curso e nós conseguimos uma bolsa de 30 vagas. Você vai receber 30 mil reais para estudar e se preparar para o concurso do Itamaraty. Hoje, a melhor profissão do serviço público do país é o Itamaraty”, reiterou.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil