A Independência da Bahia é desconhecida em várias regiões do país, mas é uma das datas mais importante para o estado. No dia 2 de julho, os baianos comemoram a expulsão das tropas portuguesas, que aconteceu no mesmo dia em 1983, após um ano e cinco meses de uma guerra sangrenta, que teve participação de 10 a 15 mil soldados de casa lado, o que ocasionou num saldo de duas mil mortes em combate. Os conflitos com os portugueses tiveram início em 1822 e se ampliaram até o 7 de setembro. A resistência estabelecida por parte da população contra os portugueses e insatisfação com autoridades locais, encerram quando os colonos capturaram Salvador, em 2 de julho de 1823.
Como aconteceu a Independência da Bahia
Governantes das cidades do estado foram questionados por deputados baianos que atuavam nas Cortes da oposição do cenário que se encontrava: ser eram leais a “Portugal ou a D. Pedro.” No total, três vilas declararam que estavam leais a D. Pedro, causando irritação em Madeira de Melo, que em resposta, determinou em 25 de junho de 1822, que uma embarcação militar fosse enviada para atacar Cachoeira.
Portugal enviou mais soltados para a Bahia, com objetivo de conter a população e reafirmar controle luso. A situação ficou incontornável e se agravou ainda mais “com a declaração de independência, em 7 de setembro de 1822. O governo sob a liderança de D. Pedro formou um exército às pressas para defender a Bahia.
Após declaração de independência, o estado anunciou lealdade a Portugal, “rejeitando adesão ao movimento secessionista do regente. D. Pedro liderou os reforços enviados pelo general Pedro Labatut, um mercenário francês, que foi obrigado a desembarcar em Maceió, Alagoas, e caminhar com seus soldados até Salvador. No trajeto, Labatut acabou sendo conquistado pelo exército que lutava em prol da independência do Brasil.
As tropas leais a Portugal que estavam sob o comando de Madeira de Melo resistiram até 2 de julho de 1823, dia em que a cidade de Salvador foi tomada pelos brasileiros e a Bahia foi reintegrada ao território nacional, sendo leal a D. Pedro. O cerco final a Salvador contou com a ajuda de Thomas Cochrane, que liderava uma esquadrada. Com a derrota, Madeira de Melo fugiu e retornou a Portugal.
Participação de Maria Quitéria na Independência da Bahia
Maria Quitéria recebe destaque no período de conflito porque em 1822, ela ingressou às tropas que lutavam em defesa da independência do Brasil e usava trajes masculinos, porque seu pai não havia permitido que ela ingressasse no Exército para participar da guerra.
Ela participou de importantes batalhas durante as Guerras da Independência, sendo conhecida como uma soldada disciplinada. Seu disfarce acabou sendo descoberto, mas ainda assim, foi mantida no Exército “em reconhecimento a sua contribuição na luta contra os portugueses.
Maria Quitéria foi reconhecida como heroína da Independência, sendo condecorada pelo próprio D. Pedro I.
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