Nesta segunda-feira (3), trabalhadores da Petrobras, lotados no coworking da empresa e na Unidade de Negócios (UN-BA), começam a retornar ao Edifício Torre Pituba, antiga sede administrativa da estatal (Av. ACM, 1113, Itaigara). Diretores do Sindipetro Bahia vão realizar um ato de boas-vindas aos trabalhadores em frente ao prédio, às 8h. Em visita às instalações do Torre Pituba, no dia 13/03, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, após ouvir os argumentos do Sindipetro-Ba sobre a urgência da retomada das atividades da estatal na Bahia, garantiu que iria reabrir o edifício, promessa que está sendo cumprida agora.
Devido a um problema de agenda, Prates adiou para o dia 24/07 sua vinda à Bahia para o ato oficial de reabertura do Torre Pituba, mas o presidente da Petrobrás já anunciou a perspectiva de retorno para a Bahia de algumas atividades que foram centralizadas no Rio de Janeiro. O Torre Pituba foi desocupado em 2019 durante o governo Bolsonaro, que privatizou parte das atividades no estado, obrigando centenas de trabalhadores a mudarem de estado e até de atividade laboral.
Na época, o processo de transferência dos trabalhadores foi marcado por muita pressão e assédio moral por parte da gestão da empresa, o que levou o Ministério Público do Trabalho (MPT), após denúncias anônimas dos petroleiros, a mover uma ação contra a Petrobras, resultando em um acordo feito entre as partes para regrar a transferência. O acordo também tratou de outras questões como a não demissão em massa ou sem justa causa. A transferência para outros estados, feita de forma unilateral e às presas, afetou a saúde mental de muitos empregados da Petrobrás, levando a um cenário de crescimento de casos de sofrimento mental e até de suicídios na categoria petroleira.
Com a reabertura do Torre Pituba, espera-se que a empresa possa oferecer novas oportunidades de trabalho e desenvolver atividades em diversas áreas, o que pode contribuir para o crescimento da região. O edifício Torre Pituba tem 22 andares, conta com 224 estações de trabalho por andar, mais de 2.600 vagas de estacionamento e pode abrigar quase cinco mil postos de trabalho, movimentando a economia baiana.
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