Entre todos os casos analisados pela Controladoria Geral da União (CGU), o prejuízo potencial ao erário passa de R$ 350 mil.
O relatório emitido pela Controladoria Geral da União (CGU), identificou compras suspeitas realizadas pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). De acordo com o documento, a controladoria analisou atas de registro de preço nas quais constavam compras caminhões e pás carregadeiras pela Codevasf de duas outras empresas suspeitas, já que elas sequer tinham funcionários registrados em seus quadros.
Ainda segundo o relatório da CGU, essas compras foram realidas nas empresas Fibra Distribuição e Logística Eireli e Globalcenter Mercantil Eireli. O outro detalhe observado pelo documento é que as compras foram feitas nesses estabelecimentos, mesmo sabendo que os produtos adquiridos estavam disponíveis no mercado, em outras empresas, por preços bem menores. Entre as negociações, a Codevasf comprou um caminhão compactador de lixo de 6m³ para ser entregue em João Pessoa. O preço porém é o mais questionavél nessa negociação, uma vez que a companhia optou pelo produto da Fibra no valor de R$ 465 mil, enquanto no mercado havia um maquinário idêntico por R$ 294,5 mil, uma diferença de 36% no valor final do produto.
Todas essas questões foram desconbertas após um parecer produzido pela controladoria apontar irregularidades nas compras realizadas pela Codevasf. Além disso também foi percebido que ambas as empresas pertenciam a um único dono, de nome Jair Balduíno de Souza. Ainda segundo a CGU, em todos os casos analisados dentro desse cenário, o prejuízo potencial ao erário passaria de R$ 350 mil, algo que poderia ter sido prontamente evitado.
Por meio de nota a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba afirmou ter uma diretriz específica para que a adesão das Atas de Registro de Preços busque as contratações com valores mais vantajosos para a empesa, e que são observadas as especificações técnicas dos objetos em contratação, mas não explicou outros detalhes sobre o caso apresentado pela CGU. Já a Fibra e a Globalcenter informou que a empresa não conta com funcionáiros contratados, mas sim terceirizados e que, por isso, não há registros de funcionários em seus quadros.
Foto: Jacqueline Lisboa/Especial Metrópoles