A CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) está programada para ouvir o general Gonçalves Dias em seu depoimento nesta quinta-feira, 22 de junho, às 10h. Inicialmente, o depoimento estava marcado para o dia 15 de junho, mas foi adiado a pedido do general.
Gonçalves Dias ocupava o cargo de ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante os ataques às sedes dos três poderes em Brasília, que ocorreram em 8 de janeiro. Ele pediu demissão do cargo após a divulgação de um vídeo no qual aparece no Palácio do Planalto durante a invasão.
Em entrevista à TV Globo, o general Dias afirmou que estava no local para retirar os manifestantes e que a imagem foi retirada de contexto. Segundo ele, entrou no Palácio depois que este foi invadido e estava retirando as pessoas do terceiro e quarto piso, com o objetivo de permitir a prisão no segundo piso.
A atuação do GSI durante os ataques de 8 de janeiro, nos quais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e depredaram as sedes dos três poderes, tem sido alvo de críticas. Imagens mostraram o general Gonçalves Dias e funcionários do GSI circulando entre os invasores no Palácio do Planalto.
Em alguns trechos, um dos funcionários do GSI é visto conversando com os invasores e os cumprimentando, enquanto outros servidores do órgão entregavam água aos vândalos. Na época, o GSI divulgou uma nota para justificar a presença do general no Palácio do Planalto, afirmando que as imagens mostravam a atuação dos agentes de segurança no sentido de evacuar os pisos superiores e concentrar os manifestantes no segundo andar, onde a prisão poderia ser realizada com o reforço da polícia militar do Distrito Federal.
Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO
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