Os “ajustes” na gestão do governador Jerônimo (PT) podem acontecer devido à possível troca na Casa Civil, com a saída do deputado Afonso Florence (PT). Esse troca-troca pode acontecer antes da atual gestão estadual completar um ano de administração. De acordo com informações obtidas pela redação do Bahia Econômica, essa movimentação não é nova e possui um “padrinho” de peso em Brasília.
Trata-se do ministro da Casa Civil de Lula (PT), o ex-governador da Bahia, Rui Costa (PT). Ele [Rui] tem articulado para trocar Afonso Florence por Marcus Cavalcanti, que atua em Brasília como secretário especial do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI). A sugestão foi do Partido Social Democrático (PSD).
Durante as primeiras conversas para a formação do governo Jerônimo (PT), Rui Costa (PT) sugeriu que Cavalcanti assumisse a pasta homônima na Bahia, após o ex-secretário ter sido ser preterido como “número 2” do ministério, quando Lula (PT) escolheu Miriam Belchior para o posto.
A intenção de Rui (PT), com a presença de Cavalcanti na função, é possuir “olhos” sobre a administração estadual, algo que, segundo alguns aliados, o ministro insiste em não se desvencilhar, além da evidente insatisfação dentro da gestão do governo de Jerônimo, uma vez que está havendo um embate velado entre Florence e o secretário de Relações Institucionais, Luiz Caetano, pelo papel de articulação do governo baiano.
Essa possibilidade de mudança, todavia, apesar de seguir em avaliação pelo gestor estadual, ainda é considerada por muitos como remota, uma vez que este movimento poderia mexer com toda a configuração da pasta. Vale lembrar que outros postos na gestão estadual inicialmente estariam “salvos” de mudanças, mesmo que também possuam críticas pontuais de aliados, devido à forma de ação de Jerônimo (PT) na demarcação dos espaços internos de poder.
Foto: Joá Souza/BA de Valor