De acordo com a CODESAL (Defesa Civil de Salvador), os bairros com maiores acumulados pluviométricos este mês são Sussuarana (305,4mm), Alto do Cabrito (284,4mm), Sete de Abril – Bosque Real (278,2mm), CAB (277,4mm) e Pirajá (266,3mm). Faltando apenas dois dias para o início do inverno, Salvador tem apresentado, em junho, a menor temperatura do ano, atingindo 21,1ºC no oitavo dia do mês, também nesse mês, três bairros da capital superaram a média histórica de chuvas: são eles a Sussuarana, o Alto do Cabrito e Santa Luzia (260mm).
Após a chuva que caiu desde a madrugada em Salvador, uma árvore acabou caindo e bloqueando totalmente a Avenida Garibaldi. Segundo a Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador), o incidente aconteceu no final da tarde, no sentido Rio Vermelho/Ondina. Até o fechamento da edição, a Codesal havia registrado outras três quedas de árvore.
Em toda a cidade, a incidência de chuvas tem sido causada pela atuação do Cavado, um sistema de baixa pressão próximo a costa do Nordeste, e um sistema de alta pressão sobre o Oceano Atlântico que intensificaram os ventos úmidos. Porém, nos bairros onde esse fenômeno fez a média histórica de chuva ser superada, o volume é maior por conta das distinções topográficas entre as áreas da capital. Pelo menos, é o que afirma Laurizio Alvez, meteorologista da Codesal em entrevista ao Jornal Correio.
“Está relacionado a topografia da cidade e os fenômenos meteorológicos que trazem chuva. Por exemplo, no mês de junho, o principal fenômeno que atuou foi um sistema de baixa pressão, que intensifica os ventos úmidos do oceano e causa chuvas principalmente nas áreas de topografia mais alta da cidade, que são as áreas periféricas da cidade, tais como: as prefeituras-bairro Subúrbio/Ilhas, Cabula/Tancredo Neves”, explica Alvez.
O fato das regiões periféricas figurarem nas primeiras posições quando o assunto é volume de chuva não é à toa. O meteorologista acrescenta que, no período mais chuvoso da cidade de abril a junho, são essas as áreas com mais volume e ocorrências registradas pela Codesal por se alinharem às características geográficas mais suscetíveis às chuvas na cidade. “As áreas periféricas apresentam topografia mais alta da cidade e no período de Operação Chuva (abril, maio e junho) os principais fenômenos que causam chuvas são as frente frias e os sistemas de baixa pressão, os quais tendem a se deslocar e intensificar as chuvas nas regiões mais altas”, completa ele.
Foto: João Paulo Almeida