Os produtores da Região Oeste compareceram em peso à 17ª edição do Bahia Farm Show, inaugurada nesta quarta-feira em Luís Eduardo Magalhães, com a presença do presidente Lula e do governador Jerônimo Rodrigues. Mas, embora satisfeitos com a repercussão do evento, se mostram preocupados com alguns aspectos da infraestrutura.
Segundo o produtor rural e ex-presidente da AIBA – Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia, Sérgio Pitt existem quatro gargalos na região. “O principal problema da região é a falta de energia. Se houvesse energia disponível haveria muito mais investimentos”. Pitt diz que a Coelba não vem atendendo a demanda por energia da região e que qualquer empreendimento para ser iniciado precisa do cartão de viabilidade da Coelba, mas não há energia suficiente.
Segundo o produtor, o outro gargalo é a logística. “Nós temos uma cota de exportação dada pelo limite de exportação do Porto de Aratu. Temos uma excedente de produção represada porque não há berço suficiente no Porto de Aratu”, diz o produtor.
Sérgio Pitt afirma que há outros dois gargalos. Um deles é insegurança jurídica, que não tem nada a ver com o MST, mas com a ações judiciais discriminatórias do Estado em áreas que, segundo ele, não são devolutas. “Isso vem tirando o sono dos produtores, pois o Estado está promovendo ações discriminatórias em terras que não são devolutas. É uma “grilagem oficial”, afirma o produtor. Segundo ele, existe ainda o gargalo estabelecido pela demora na autorização para supressão de vegetação, que atrasa os investimentos.
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