Celebrando os 75 anos de fundação da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e o Dia da Indústria, foi realizado um evento na sede da entidade, localizada no bairro do Stiep, que pontuou o momento de reconstrução e retomada da indústria baiana após a pandemia de covid-19
Os representantes do Poder Legislativo e da indústria se reuniram com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para entregar a Pauta Mínima do Setor Industrial. O documento aponta os principais desafios do setor produtivo e elenca pontos-chaves para a transformação do desenvolvimento do estado. As prioridades da Pauta Mínima visam ações nas áreas de ambiente de negócios e desburocratização, meio ambiente e recursos hídricos, e infraestrutura. Segundo o presidente da Fieb e presidente eleito do CNI, Ricardo Alban, o principal desafio a ser enfrentado pela federação e pela indústria baiana como um todo é saber aproveitar as oportunidades advindas através da globalização.
“É preciso aproveitar as grandes janelas de oportunidade que o mundo está dando com a movimentação global das cadeias de valores, com o encadeamento produtivo que a transição energética está permitindo e com as nossas riquezas naturais. Ou seja, [o desafio está] onde nós podemos ser mais eficientes nas condições que nós temos favoráveis e naquilo que precisamos dar atenção para ser estratégico”, afirmou Ricardo Alban.
Superintendente da Fieb, Vladson Menezes lidera o setor responsável pela elaboração da Pauta Mínima e afirma que a indústria baiana, apesar de ter tido um bom desempenho em 2022, ainda precisa superar as consequências da pandemia e dos reveses dos últimos anos. De acordo com ele, as dificuldades enfrentadas refletem o atual cenário industrial na Bahia.
“Nós passamos por dificuldades, como o encerramento da Ford, que levou outras empresas junto. Nós demoramos um tempo para resolver a questão da refinaria, que depois foi privatizada e foi fundamental para a retomada da indústria no ano passado. Mas precisamos construir um ambiente de negócios mais adequado para o desenvolvimento da indústria. Tem pontos que são fundamentais e que precisam ser encaminhados, como o tratamento dos distritos industriais, suas infraestruturas, a questão das ferrovias e questões tributárias”, elencou.
Os assuntos levantados pelos representantes da Fieb e direcionados para representantes do Legislativo e do Executivo tiveram, para além do objetivo de apresentar as demandas do setor e firmar o apoio do Governo do Estado, a intenção de preservar o legado dos 75 anos da entidade que, de acordo com o governador Jerônimo Rodrigues, se confunde com o desenvolvimento industrial da Bahia.
“Avalio o legado de 75 anos positivamente. É tão positivo que se confunde com o desenvolvimento do estado da Bahia. Quando a Fieb implementa uma política estratégica da entidade para captar outras indústrias, fortalecer a geração de produtos, é a Bahia quem ganha com isso. A Bahia tem um legado tão forte que está emprestando o nome de Alban para assumir a direção da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), que nos orgulha muito e demonstra o quanto nós evoluímos e estamos amadurecidos na Fieb”, disse Jerônimo Rodrigues.
Foto: Arisson Marinho/CORREIO