Uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi tornar o carro popular mais acessível. Hoje ele deve anunciar algumas medidas que coloque os veículos em um patamar de preços parecido com os que os carros populares tiveram nas últimas décadas no Brasil( Veja aqui o que o presidente pretende fazer) .
Além de Lula, participam do anúncio da medida representantes de entidades do setor automotivo e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que comandou os estudos sobre o tema.
“Na reunião, Lula e Alckmin anunciarão medidas de curto prazo para ampliar o acesso da população a carros novos e alavancar a cadeia produtiva ligada ao setor automotivo brasileiro. O encontro contará com a presença de ministros e representantes de trabalhadores e fabricantes da indústria automotiva”, disse o governo em nota publicado pelo portal g1. Atualmente, os carros zero mais baratos do país tem preço de partida por volta de R$ 68 mil. A intenção de baratear os veículos foi manifestada publicamente pelo presidente Lula durante discurso no dia 4 de maio. Na ocasião, ele disse que carro de “R$ 90 mil não é popular”. Desde então, o governo e o setor de automotivos vêm discutindo o tema.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que existem “várias possibilidades” para tentar baratear o carro popular em estudo. “Mas tem coisa que só dá para fazer o ano que vem. Pode até ser anunciada, mas só dá pra fazer no ano que vem, em virtude das regras fiscais [das contas públicas]”, declarou, antes da reunião com Lula e Alckmin. Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para reduzir os preços. Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, é maior nos carros mais caros. Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.
Foto: Crédito: Ricardo Stuckert/Presidência da República