Segundo levantamento do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), feito com base em dados de 2022 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE a Bahia está entre os estados onde a maior parte da população vive com uma renda mensal de até R$ 665,02, ou seja na linha da pobreza.
Das 27 unidades da federação, 9 têm a maior parte da população composta por pessoas em situação de pobreza. Proporção da população que vive abaixo da linha de pobreza:
Como é possível ver acima, os estados estão concentradas no Norte e no Nordeste — regiões que tiveram os maiores avanços na pobreza durante a pandemia, como o IBGE apontou no final de 2022. Maranhão, inclusive, já encabeçava o ranking de estado com a população mais pobre do país em 2021, segundo o levantamento. Mas o indicador do estado melhorou de um ano para o outro: passou de 67,5% da população para 58,9%.
A pobreza afeta pessoas como a vendedora ambulante Madalena Pereira, que mora numa comunidade na periferia de São Luís. Ela vive a neta e tem renda de R$ 600 mensais. Madalena costuma fazer uma das refeições em um restaurante popular mantido pelo governo do Maranhão que oferece comida a R$ 1, mas lida com a falta de recursos. “Às vezes a gente não tem nem esse um real [para pagar o prato de comida]”, diz. Já as menores taxas de 2022 foram contabilizadas no Rio Grande do Sul (18,2%), no Distrito Federal (17,3%) e em Santa Catarina (13,9%).
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