Atual presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) e presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o empresário baiano Ricardo Alban, em uma entrevista à Rádio Metropole, defendeu, nesta quarta (17), a realização da reforma tributária no país proposta pelo Governo Federal, além de pontuar quem mais paga os impostos no Brasil. “Quem paga imposto nesse país não é empresa, não é o setor produtivo, é pessoa física. Não é o fato da carga ser redistribuída de forma mais lógica que vai penalizar setor A, B ou C. Todo mundo tem consciência que essa carga tributária precisa ser revisitada, que não podemos exportar imposto”, afirmou Alban.
O empresário também falou sobre a dificuldade do agronegócio na agregação de valor. “Por que será que o agronegócio tem essa dificuldade de agregar valor para exportação? Custo Brasil. Toda vez que você agrega valor, você agrega energia, mão de obra, e carga tributária. O único agronegócio que temos que agregar valor é a proteína animal”, pontuou Ricardo Alban. Essa agregação de valor, a que se refere o empresário, é quando o cliente ou o consumidor reconhece as características exclusivas de um produto ou serviço e paga para obter esse benefício.
A votação da proposta da reforma tributária no Brasil ainda não prosseguiu na Câmara dos Deputados porque a casa legislativa ainda discute as questões relacionadas ao projeto do arcabouço fiscal, como explicou na última terça (16), o relator da reforma tributária sobre o consumo, o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP). De acordo com ele, essa questão será prioridade na casa após a análise do projeto de lei do arcabouço fiscal apresentado pela Fazenda. “É o nosso desejo, e o desejo do presidente Arthur”, afirmou o parlamentar.
Foto: Valter Pontes/Divulgação/Fieb