Com objetivo de conter a hiperinflação, o Banco Central da Argentina elevou a taxa de juros de 91% para 97%, na noite de ontem.
A taxa, que está acima de 108% no acumulado em 12 meses, tem seu maior patamar em mais de 30 anos. Segundo o BC argentino, o objetivo da alta nos juros é ter “retornos reais positivos sobre os investimentos em moeda local [rumo à rentabilidade] e atuar imediatamente para evitar que a volatilidade financeira aja como um motor das expectativas de inflação”.
O ministro da Economia, Sergio Massa, ainda não detalhou todas as medidas previstas pelo governo argentino para o combate à hiperinflação. A previsão é que o programa inclua estímulos ao consumo e à importação de alimentos. De acordo com a imprensa argentina, haverá uma abertura de importações em setores sensíveis, como alimentos frescos e têxteis, além de um controle maior de preços no comércio, juntamente com um reforço dos subsídios sociais, em um país onde a taxa de pobreza chegou a 39,2% no fim de 2022.
Foto: José Cruz/Agência Brasil