A Bahia espera vacinar por volta de 12,5 milhões de animais contra a febre aftosa até o fim do prazo no final de maio, segundo a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).
Já no Brasil, espera-se vacinar cerca de 73 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades, de acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Após a vacinação, os produtores também são obrigados a declará-la ao órgão de defesa sanitária animal de seu estado. A campanha nacional faz parte da evolução do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa (PE-PNEFA).
Paulo Sérgio Luz, diretor geral da Adab, explica que a campanha contra a febre aftosa é considerada hoje como um fato sanitário imprescindível e natural, tanto na Bahia e no Brasil quanto nos demais países do mundo. “Há que se lembrar que todo produtor em nosso estado convive com essa atividade há décadas e que, em decorrência dos seus benefícios na saúde dos rebanhos, sempre haverá uma interligação entre a produção, a erradicação da febre fftosa e o agronegócio. A ausência da virose significa, portanto, o investimento do produtor e o sucesso da Defesa Sanitária Animal”, diz.
Já o diretor de defesa animal da Adab, Carlos Augusto Spínola, esclarece que a Febre Aftosa é uma enfermidade causada por vírus, uma doença infecciosa que pode provocar febre, seguida pelo aparecimento de vesículas (aftas) – principalmente na boca e nos pés de animais de casco fendido. “A febre aftosa é uma das doenças infecciosas mais contagiosas dos animais e acomete animais biungulados (de casco fendido) como: bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos. Esta doença pode acometer rapidamente criações inteiras. Como a febre aftosa sempre será temida em países onde a doença já tenha sido erradicada, esses rebanhos isentos de vacinação sistemática são riscos constantes aos concorrentes comerciais. Portanto, os conhecimentos técnicos, os serviços em Defesa Sanitária Animal e a consciência da responsabilidade sanitária são os fatores primordiais no processo de blindagem à reintrodução do agente viral nos rebanhos”, alerta Spínola.
Segundo orientações do Ministério da Agricultura e Pecuária, as vacinas devem ser adquiridas nas revendas autorizadas e mantidas entre 2°C e 8°C, desde a aquisição até o momento da utilização – incluindo o transporte e a aplicação, já na fazenda.
– Foto: ADAB / Divulgação