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VAREJO BAIANO: ABRIL TEM QUEDA DE 7,3% EM RELAÇÃO A 2022, DIZ PESQUISA

João Paulo - 12/05/2023 08:29 - Atualizado 12/05/2023

Dados divulgados pelo Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, apontam que em abril de 2023, as vendas do comércio varejista da Bahia caíram 7,3% em relação ao mesmo período de 2022.

A pesquisa apresenta dados mensais de movimentação no setor e é feita pela Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, em parceria com o Instituto Propague.

O resultado registrado na Bahia no mês de abril foi o sexto pior do país e o quarto pior no eixo Norte-Nordeste, ficando atrás apenas do Rio Grande do Norte (18,2%), Alagoas (14,9%), Rio Grande do Sul (10,5%), Distrito Federal (9,4%), Sergipe (8,2%) e Rio de Janeiro (7,7%). A queda de 7,3% ainda foi a maior computada neste ano, visto que nos comparativos dos primeiros quatros meses de 2023 ante os mesmos meses de 2022, a maior queda havia sido de 5,4%, registrada em março. Em fevereiro houve queda 1,7% e em janeiro houve crescimento 4,55%.

A nível nacional, o varejo brasileiro teve retração de 7,7%. Seis segmentos não conseguiram alcançar resultados positivos, com a maior queda no setor de livros, jornais, revistas e papelarias (13,5%), tecidos, vestuário e calçados (12,3%), sub-segmento hipermercados e supermercados (11,8%), móveis e eletrodomésticos (7,6%), material de construção (6,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,7%).

Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora, com alta de 3,2% no volume de vendas, no comparativo anual e alta de 0,5% no comparativo mensal em abril. De acordo com o estudo, os resultados refletem,  principalmente, o impacto negativo dos dois feriados prolongados, com a ocorrência das chamadas “pontes”, nas quais os consumidores esticam os dias de descanso com o fim de semana. Essas emendas, que aconteceram com maior frequência no primeiro quadrimestre, impactaram o varejo, já que muitos consumidores optam por viajar e se afastam dos grandes centros, dificultando a manutenção do ritmo de vendas.

“Abril foi um mês atípico, com feriados seguidos, o que costuma ter um impacto negativo no varejo, especialmente para os pequenos negócios. Muitos consumidores optam por fazer compras online ou viajar para destinos turísticos, o que pode resultar em uma redução do fluxo de clientes nas lojas físicas”, explica pesquisador econômico e cientista de dados do Instituto Propague, Guilherme Freitas.

Fonte: Pesquisa Stone

Foto: (Foto: Reprodução)

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