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ATLETAS QUE PASSARAM PELA DUPLA BA-VI ESTÃO ENVOLVIDOS NA OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

Douglas Santana - 11/05/2023 15:32

Os jogadores se comprometeram a cometer pênaltis e faltas para receber cartões, em troca de altas quantias em dinheiro; Saiba detalhes

 

Cinco jogadores com passagens pela dupla Ba-Vi estão envolvidos nas investigações da operação “Penalidade Máxima”, do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Fazem parte da lista os zagueiros Victor Ramos – revelado pelas divisões de base do Vitória e com passagens pelo profissional – e Paulo Miranda – que esteve no Bahia em 2011; e o volante Fernando Neto – com passagem pelo Rubro-Negro em 2020 e 2021. Além dos jogadores, oito apostadores foram citados no processo.

O esquema de manipulação de resultados envolveu 13 partidas das séries A e B do Brasileirão em 2022 e de competições estaduais de 2023. Depois da Penalidade Máxima II, a Justiça tornou réus 16 pessoas. Na primeira fase da investigação, em março, dois dos oito jogadores envolvidos fizeram parte do elenco dos principais clubes baianos: Gabriel Domingos e Ygor Catatau. Gabriel esteve na base do Bahia; já Catatau passou pelo Vitória.

Além disso, na denúncia oferecida pelo MP-GO, mensagens trocadas entre dois dos indiciados – Thiago Chambó e Bruno Lopez – mostram que o grupo planejava, em dezembro do ano passado, interferir nos estaduais deste ano, incluindo o Campeonato Baiano. As ofertas variavam entre R$ 50 mil a R$ 150 mil.

“Então vamo ver com quem a gente consegue casar. Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato cearense”, disse Chambó.

Ainda de acordo com o MP-GO, os jogadores se comprometeram a cometer pênaltis e faltas para receber cartões.

“Trata-se de atuação especializada visando o aliciamento e cooptação de atletas profissionais para assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo”, apontou o órgão.

 

Foto: Maurícia da Matta; Pietro Carpi; Felipe Oliveira; Reprodução/TV Anhanguera

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