Bruno Monteiro disse estar aberto para discutir o assunto com os produtores culturais e trouxe detalhes sobre a reforma do TCA
Durante a coletiva para a imprensa sobre o lançamento da Lei Paulo Gustavo, que será realizado nesta quinta (11), na Concha Acústica, o secretário estadual de Cultura, Bruno Monteiro, falou sobre o valor da pauta na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), que tem sido criticada pelos produtores culturais e pelo público que frequenta o equipamento, por conta dos altos preços.
Na ocasião, Bruno indicou uma solução para o tema: pautas mais baratas pelo uso do espaço em dias de semana. Recentemente, o Governo do Estado retirou o desconto de 5% para o uso do espaço, que estava sendo ofertado desde o começo da pandemia de Covid-19.
“O que nós estamos estudando no momento? Formas de termos uma programação que seja tão boa quanto a outra, não estamos falando de uma programação menor, mas de uma programação em dias da semana especial com valores mais populares, porque nosso objetivo é tornar esses espaços com acesso mais democrático e acessível a todo o conjunto da população”, explicou Monteiro.
O secretário ainda ponderou a crítica de representantes do setor, de que o fim do desconto teria provocado o aumento dos valores dos ingressos.
“Não foi o fim da redução da pauta que gerou aumento dos ingressos. Afinal de contas, o 5% da pauta, que é uma reivindicação, representa cerca de R$ 3 no valor do ingresso. Convenhamos que não foi isso que deixou os ingressos mais caros. O que deixou os ingressos mais caros foi um processo de inflação que tudo acabou ficando mais caro. Passagem aérea, toda a parte de produção, de equipamentos, de hospedagem, então tudo isso foi levando a um aumento nos valores”, detalhou.
Bruno Monteiro ainda antecipou detalhes sobre as reformas que serão feitas na Sala Principal de no Foyer do Teatro Castro Alves (TCA). Nos próximos dias, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) irá autorizar a “criação de um comitê gestor da obra”.
“Faremos a completa requalificação e modernização da estrutura do TCA. Já era um projeto previsto, em estudo desde 2010. Agora estamos no processo de atualização desse projeto. Tem toda uma questão tecnológica e normativa, de acústica, de vestimenta cênica que precisa ser adaptada, porque essas coisas mudam muito rapidamente”, revelou o secretário.
Foto: Feijão Almeida/GOV-BA