A empresa cujo Roberto Justus é um dos sócios, Treecorp, gestora de investimentos em empresas, chegou a um acordo e vai virar Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com o Coritiba.
A partir do momento em que for assinada a oferta vinculante, faltará a aprovação de conselheiros e sócios do clube.
O negócio envolve a cessão de 90% sobre o capital do clube-empresa e o investimento de até R$ 1,1 bilhão em um período de dez anos, valor que inclui a reconstrução do estádio Couto Pereira. O ge teve acesso a detalhes da operação, como o detalhamento da proposta financeira, a composição da governança e as regras que a associação impôs para ter um futebol competitivo neste novo cenário, em que as decisões passariam a ser tomadas pelos investidores.
Investimentos
Para se tornar acionista majoritária da SAF do Coritiba, a Treecorp se compromete a investir até R$ 1,1 bilhão nos próximos dez anos. O dinheiro se divide da seguinte maneira entre as finalidades:
Investimentos em contratações e no centro de treinamento são obrigatórios por contrato. A companhia terá dez anos para aplicar a quantia carimbada para atletas. No caso do CT, cuja propriedade será transferida para a SAF, o aporte deverá ser feito imediatamente.
O estádio continuará a ser posse da associação civil do Coritiba, que por sua vez assinará um contrato de cessão por 50 anos, renováveis por mais 50, para a SAF. O montante reservado para sua reforma representa compromisso formal da Treecorp, condicionado a determinados fatores. A investidora terá sete anos para começar as obras e no máximo dez para encerrá-las. Caso o projeto não seja viabilizado, existem punições contratuais, como o impedimento de retirar dividendos (participação sobre os lucros da empresa) por parte dos investidores.
Foto: Rafael Ianoski/Coritiba