Na manhã desta segunda-feira (8), a Braskem disse ter recebido informação da Novonor (antiga Odebrecht), que controla a empresa, dizendo que recebeu uma proposta não vinculante da estatal ADNOC, controlada pelo governo de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.
A oferta de compra da totalidade da petroquímica seria por até R$ 37,5 bilhões. A operação seria feita em parceria com o fundo americano Apollo e apresentada a representantes dos principais bancos credores da empresa —Santander, Banco do Brasil, BNDES, Bradesco e Safra. Na conversa, teria ficado definido que a empresa árabe exercerá o controle e, para isso, quer pagar prêmio de 135% sobre o valor das ações —isso resultaria em R$ 47 por ação.
Se o negócio se concretizar, as duas maiores empresas com sede na Bahia passariam a ser controladas pelos Emirados Árabes Unidos, cujo Fundo Mubadala, já controla a Acelen e esta última a Refinaria de Mataripe.
É preciso ver, no entanto, o papel da Petrobras, que tedém 36,1% das ações da Braskem, no processo, pois poderia, como tem direito pelas cláusulas, poderia: adquirir a totalidade das ações ofertadas; para indicar um terceiro agente para adquirir as ações; ou para vender sua participação na mesma condição.
A Novonor possui 38,3% das ações totais e 50,1% das ações ordinárias da Braskem, enquanto a Petrobras tem 36,1% das ações totais e 47,0% das ações ordinárias. A Petrobras poderia exercer o direito de preferência na aquisição da fatia da companhia em caso de oferta pela petroquímica, também negociar sua parte ou continuar no negócio, já que faz parte do bloco de controle.