O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República vai permanecer nas mãos dos militares. A decisão foi tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que já comunicou a auxiliares.
O nome deve ser anunciado após a volta de sua visita oficial à Península Ibérica, no final da noite desta quarta-feira.
De acordo com subordinados do presidente da República envolvidos nas discussões que se seguiram à queda de Gê Dias, a opção de Lula foi por “manter a tradição” – o gabinete tem status de ministério foi criado em 1983 e sempre teve militares no comando. O favorito para ocupar o posto é o general Marcos Antônio Amaro dos Santos, que foi responsável pela segurança da ex-presidente Dilma Rousseff de janeiro de 2011 a maio de 2016 e costumava acompanhá-la até nas pedaladas matinais.
A discussão sobre uma desmilitarização vem desde a transição de governos, mas ganhou força com a divulgação das imagens do circuito interno de câmeras que mostram o general Dias interagindo normalmente com os invasores do Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro. Entre os que defendiam a manutenção do GSI sob o comando dos militares estavam os ministros Rui Costa, da Casa Civil, e José Múcio, da Defesa. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e o ministro da Justiça, Flávio Dino, além da primeira-dama, Janja, eram partidários da desmilitarização.
Foto: EVARISTO SA/AFP
Fonte: O Globo