Haverá reuniões nesta semana com a B3, plataforma em que os títulos serão negociados, para acertar os detalhes sobre como serão os formatos dos novos produtos
Pensando em deixar o Tesouro Direto mais conhecido entre a população brasileira, a equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), está preparando novos pacotes que vão popularizar os títulos públicos de renda fixa. A intenção da equipe é possibilitar a utilização dos papeis em garantias de financiamentos, como caução de aluguel.
Além disso, haverá a utilização para produtos específicos, como para educação, formato de cartões de presente e ainda para realização das populares “vaquinhas”. As empresas poderão usar o Tesouro Direto para reter funcionários por meio de contrapartida a destinação da aplicação pelo empregado em títulos que serão usados pelos filhos.
“Estamos colocando muita prioridade no programa Tesouro Direto e vamos lançar um pacotão de coisas muito bacanas para popularizá-lo, criar um contexto para que cheguem à baixa renda”, disse o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, em entrevista ao Estadão/Broadcast.
Ceron revelou que terá reuniões nesta semana com a B3, plataforma em que os títulos serão negociados, para acertar os detalhes sobre como serão os formatos dos novos produtos. O secretário projetou o lançamento do projeto para o mês de agosto.
“Temos os títulos como prioridade zero e devemos lançar as novidades em julho, com a comercialização, a batida do martelo na B3, prevista para agosto […] Depois de 20 anos de existência, o Tesouro Direto cresceu muito, mas ainda está muito aquém do potencial. Vamos dar um empurrãozinho”, projetou.
Em março, os investimentos no Tesouro Direto somaram R$ 6,8 bilhões – um recorde mensal – e o estoque é de R$ 110 bilhões. Do total de 23,7 milhões de pessoas que já aplicaram nesses títulos ao longo das duas décadas de existência, 2,1 milhões têm contas ativas.
Foto: Reprodução/Finclass