Segundo informações do Jornal O Globo, a Casa Branca anunciou nesta quinta-feira que solicitará ao Congresso americano a aprovação de US$ 500 milhões (R$ 2,54 bilhões) durante cinco anos para o Fundo Amazônia e atividades relacionadas “no contexto do compromisso renovado do Brasil de pôr fim ao desmatamento até 2030”.
O anúncio vem dias após declarações controversas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a guerra da Ucrânia, que geraram críticas em Washington.
A promessa foi formalizada durante o Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima, evento virtual do governo americano que reuniu lideranças das 26 maiores economias do mundo. Segundo o presidente Joe Biden, que fez um apelo para que outros países também colaborem para o fim do desmatamento, “a hora de agir é agora, e precisamos deixar claro que as florestas são mais valiosas preservadas do que destruídas”:
— Estou feliz de anunciar que pedirei verbas para que possamos contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia e outras iniciativas relacionadas ao clima pelos próximos cinco anos para ajudar o renovado esforço brasileiro de acabar como desmatamento até 2030 — disse Biden, adicionando que o governo americano trabalhará com outros países para mobilizar US$ 1 bilhão extra para a Amazônia e outros ecossistemas críticos na América Latina.
A proposta não deve ser das mais fáceis de pôr em prática, contudo. A oposição republicana controla a Câmara e historicamente se opõem à assistência financeira para países mais pobres se adaptarem e mitigarem os impactos do aquecimento global. Mesmo quando os democratas tinham a maioria em ambas Casas do Legislativo, durante os dois primeiros anos da gestão atual, o governo enfrentou dificuldades para avançar suas iniciativas ambientais. No ano passado, o Congresso americano aprovou ao todo US$ 1 bilhão em ajuda climática internacional — a promessa de Biden é de US$ 14 bilhões anuais a partir de 2024.
Fonte: Jornal O Globo
Foto: Saul Loeb/AFP