“Não cabem detectores de metais, câmeras espalhadas e cercas elétricas. A escola não é lugar de polícia”, disse Jerônimo
Depois dos ataques as escolas nos últimos dias, alguns políticos baianos sugeriram a instalação de detectores de metais e outros dispositivos de segurança nas escolas estaduais e municipais. Nesta quarta (19), o governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou que escolas precisam ser protegidas, mas discordou das sugestões feitas pelos parlamentares baianos.
“Não cabem detectores de metais, câmeras espalhadas e cercas elétricas. A escola não é lugar de polícia. [A escola] Precisa ser protegida nos seus arredores e não podemos fraquejar. Tem um movimento que quer esvaziar a escola e do lado de fora tem uma parte que está adoecida”.
E completa:
“Esse comitê vai tratar dessa emergência. É um sinal de que a sociedade está adoecida. Quem está pedindo socorro não é só a escola, é a sociedade brasileira”, disse Jerônimo na instalação do Comitê Estadual Intersetorial de Segurança nas Escolas e nos Espaços Educacionais da Bahia (Cise).
Por fim, o governador disse que a necessidade atual é de chamar as famílias dos estudantes para perto da escola, além do apoio aos professores.
“A partir de amanhã vamos produzir um abraço com festivais de poemas, palestras sobre saúde mental, cuidados na segurança pública. O abraço é nesse sentido, de acolher essas crianças, esses estudantes, familiares. Nesse momento nós precisamos muito dos professores e eles da gente e sem a família nada adiantará. Temos que chamá-los para perto”, finalizou.
Foto: Joá Souza/GOV-BA