Os professores das Universidades Estaduais de ensino iniciam hoje uma paralisação. Sendo assim, 26 mil alunos das universidades estaduais da Bahia devem ficar sem aulas nesta quarta-feira (12). Uma grande mobilização na Praça do Campo Grande, em Salvador, deve acontecer hoje por volta das 9h30.
A paralisação é parte da luta da categoria por reajuste salarial e abertura da mesa de negociação com o Governo do Estado. Segundo o Fórum das Associações Docentes (ADs), todos os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade do Estado da Bahia (Uneb), vão aderir ao movimento.
Com isso, devem ficar sem aulas, 9,3 mil estudantes da Uefs, 7,7 mil da Uesb e mais 9,5 da Uesc. A Uneb não informou o número de alunos matriculados na instituição até a publicação desta matéria. Os professores pretendem chamar a atenção do governo e dialogar com a sociedade sobre as perdas salariais que a categoria enfrenta nos últimos oito anos. Na avaliação das Associações Docentes, a política estadual de desvalorização do trabalho dos professores nas universidades estaduais têm prejudicado o fortalecimento do ensino superior público baiano e colocado esses profissionais em posições cada vez mais precarizadas.
A categoria reitera que, nacionalmente, o Governo do Presidente Lula instituiu a mesa de negociação com os sindicatos do funcionalismo público federal e reajustou o salário de todo o serviço público em 9%, com acréscimo de R$ 200 no auxílio alimentação. O governador Jerônimo se mantém em silêncio sobre o reajuste para o conjunto dos servidores públicos baianos.
Ainda segundo os professores, as Associações Docentes tentam diálogo com o governo estadual para tratar o tema do reajuste salarial. Contudo, apesar de algumas reuniões informais para apresentação da pauta, a mesa de negociação ainda não foi instalada. Em 2023, houve reajuste salarial apenas para o alto escalão do serviço público da Bahia. Os percentuais de reajustes aprovados pelo Governo do Estado foram de 48,5% para o governador, vice-governador e secretários; 16% para deputados estaduais e mais de 5,99% para procuradores e promotores.
Fonte: Jornal Correio
Foto: (Foto: Ascom/UNEB)