A inflação de março na Região Metropolitana de Salvador (0,44%), apesar de menor do que a de fevereiro (0,81%), foi mais espalhada, resultado de altas disseminadas por 8 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O grupo transportes (1,48%) teve o maior e mais relevante aumento de preços para o índice no mês. A alta veio após uma deflação (-0,28%) em fevereiro e foi puxada pelos combustíveis (6,78%), com mais força de gasolina (7,96%), que exerceu a maior pressão inflacionária individual em março, na RM Salvador.
O etanol também teve aumento importante (5,50%), enquanto o diesel mostrou deflação significativa (-4,93%). Os resultados da gasolina e do etanol foram influenciados principalmente pelo retorno da cobrança de impostos federais (PIS/COFINS) no início do mês. Ainda no grupo de despesas com transporte, o conserto de automóvel (1,84%) também deu uma contribuição importante para o aumento do custo de vida na Região Metropolitana de Salvador, em março.
Com a segunda maior alta (0,56%), os preços do grupo saúde e cuidados pessoais tiveram o segundo maior impacto para cima no IPCA do mês, puxados, sobretudo, pelo aumento dos planos de saúde (1,21%). Único grupo de despesas com deflação em março, na RMS, vestuário (-0,78%) teve uma segunda queda mensal consecutiva dos preços, com maior contribuição das roupas masculinas (-2,18%). Dentre os itens que mostraram quedas médias de preços importantes no mês, contribuindo para que a inflação em março tenha sido menor do que em fevereiro, estão o seguro voluntário de veículo (-9,13%), as passagens aéreas (-10,35%) e o tomate (-9,67%).
Foto: Michael Melo/Metrópoles
Fonte: IBGE