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E-COMMERCE: BRASIL GANHOU 36 MIL LOJAS VIRTUAIS EM UM ANO

João Paulo - 11/04/2023 08:32

A pandemia da Covid-19 mudou a rotina do mundo em diversos sentidos e um deles foi a forma de vender e de comprar. Evitando sair de casa para não contrair a doença, a população se viu na cada vez mais próxima do mundo virtual e os empresários enxergaram nisso um nicho de crescimento de seus estabelecimentos e comércios.

No entanto, é preciso que os comerciantes entendam que não basta colocar suas empresas online: é preciso compromisso com a qualidade do serviço, pois as críticas da clientela também aumentaram e passaram a ficar visíveis para sempre e para todos no virtual.

De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), somente em 2022, o Brasil ganhou 36 mil lojas virtuais, passando de 529.193 em 2021 para 565.300 em 2022. Totalizadas, as vendas registradas no e-commerce brasileiro, chegam a  R$169,6 bilhões em 2022: cerca de 368,7 milhões de pedidos e um ticket médio de R$460 por cliente no ano passado. A expectativa para 2023 gira em torno de 9,5%, podendo atingir os R$186 bilhões ao fim do ano.

A Bahia também está inclusa no crescimento dessa tendência que é o e-commerce. Embora ainda não tenham dados disponíveis do estado, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que há alguns anos a região Nordeste tem se destaco no crescimento desse mercado. Em 2020, a Webshoppers, da E-bit/Nielsen, mostrou que a região, assim como o Norte, apresentou crescimento significativo nos setores de comércio eletrônico, ficando, respectivamente, em primeiro e em segundo lugares.

De acordo com o a técnica do Sebrae-Bahia e especialista em Marketing Digital, Brena Queiroz, a pesquisa mostra que participação do Nordeste no faturamento nacional foi de 18%, com crescimento de 107% nas vendas. “A pandemia fez com que pequenos negócios aumentassem exponencialmente no online, isso se vê tanto muito nos deliverys, e nas redes sociais, que são formas de vender sem ser um e-commerce propriamente dito, mas também através de outros meios que os pequenos empresários conseguem vender. Hoje 84% da população brasileira usa internet e isso prova mais ainda a necessidade do empresário estar presente no online”, avalia.

Segundo ela, o empresário precisa entender que ele precisa estar online. “Porque lá não tem barreiras, ele pode vender pro Brasil e pro mundo inteiro. Mas como a concorrência vai aumentar muito, é importante que ele aumentar a escala e ficar atento a qualidade”, lembra. Brena informa que a busca de informações sobre o e-commerce dentro do Sebrae-Bahia aumentou consideravelmente. “Para se ter ideia tivemos que nos reestruturar totalmente para passar esse tipo de conteúdo de forma online. Muita gente querendo saber como se inserir no digital, fechar vendas e aumentar faturamento. Depois da pandemia, permaneceu essa realidade, criamos conteúdo específicos que se transformaram em vendas”.

Foto: Unsplash

Fonte: ABComm

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