Caso essa previsão se confirme, será a terceira alta real seguida depois de 2020, quando foi registrado o menor movimento para a Páscoa em 10 anos
O faturamento do varejo nas vendas voltadas à Páscoa deste ano devem crescer 2,8% em relação a 2022, totalizando R$ 2,49 bilhões. O levantamento é da Confederação Nacional (CNC) e já desconta a inflação.
Caso essa previsão se confirme, será a terceira alta real seguida depois de 2020, quando a Semana Santa coincidiu com o começo da pandemia de Covid-19 e registrou o menor movimento para a Páscoa em 10 anos.
Apesar dessa recuperação, a cifra projetada para este ano deverá ficar 2,7% abaixo do volume observado em 2019.
“Gradativamente, a retomada da economia vai se robustecendo e reaquecendo o varejo. […] A tendência é que as perdas provocadas pela pandemia sejam revertidas a partir da melhoria do contexto macroeconômico”, declarou o presidente da CNC, José Roberto Tadros.
Segundo o autor do levantamento e consultor da CNC, Fábio Bentes, um indicativo da expectativa do varejo para essa data é importação de produtos típicos.
“A queda nas importações do pescado, na contramão do aumento das quantidades importadas de produtos à base de chocolate, é um indício de que o varejo pode estar apostando na melhor saída de produtos mais baratos”, analisa Fabio.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior, foram importadas 2,76 mil toneladas de chocolates, um avanço de 6,5% em relação ao ano passado. Por outro lado, o bacalhau, produto tipicamente importado nesta época do ano, teve recuo de 32,7% no comparativo com a Páscoa de 2022.
A cesta de bens e serviços relacionada à Páscoa (chocolates, pescados diversos, bacalhau, bolo, azeite de oliva, refrigerantes, vinhos e alimentação fora de casa) está 8,1% mais cara do que em 2022.
Foto: Cris Faga/NurPhoto/Getty Images