Empresas chamadas de junior oil estão à espera de uma decisão da Petrobras
As companhias independentes de petróleo e gás que atuam na Bahia, chamadas de junior oil, querem ampliar a sua atuação e tem investimentos planejados, mas a decisão da Petrobras , que suspendeu a venda de ativos (que incluem campos em terra e águas rasas) por 90 dias, jogou um balde de água fria no setor.
O deslanche do setor na Bahia começou em 2015, quando a Petrobras decidiu de vender campos de petróleo em terra, pois eles são antieconômico para uma empresa do porte da estatal.
Segundo cálculos do portal Bahia Econômica, algo como e R$ 3,0 bilhões em investimentos podem ser adiados na Bahia por causa da decisão. Investimentos de empresas como PetroReconcavo, 3R e outras estão em stand by a espera de uma decisão definitiva da Petrobras.
A decisão da Petrobras afetou diretamente o mercado de campos maduros na Bahia que gera grande quantidade de empregos, contrata fornecedores e vende ao Polo Industrial de Camaçari, estimulando toda a cadeia produtiva
A empresa baiana PetroReconcavo, por exemplo, abriu capital na Bolsa em 2021 e comprou a Maha Energy, com áreas na Bahia e em Sergipe e agora espera resposta da Petrobras para comprar o Polo Bahia da estatal. O investimento é de R$ 2 bilhões. Outras empresa como a 3R e a EnP Energy Platform também pretendem investir na Bahia.
E o pior é que algumas empresas que possuem acordos de compra sequer encontram interlocutores na Petrobras ou no Ministério de Minas e Energia que solicitou a suspensão das alienações de ativos por 90 dias, para reavaliação da Política Energética.