Após a falência do SVB – Silicon Valley Bank, o temor de uma crise internacional no setor bancário ganhou impulso nesta quarta-feira 15, dia em que as ações do poderoso Credit Suisse despencaram quase 14%. Ao longo do dia, a queda se aproximou dos 30%.
Não há razões para pânico, pois a crise enfrentada pelo Credit não tem a ver com a quebra do SVB. No caso do banco americano, foi impossível atender aos pedidos de saque de clientes, porque quantias foram aplicadas títulos que se desvalorizaram em meio a alta de juros. Já o banco suíço é simplesmente mal gerido. Desde 2019 apresenta resultados financeiros inconsistentes. Serviu de gatilho para a queda livre das ações do banco o seu principal acionista, o Saudi National Bank, ter descartado injetar capital no negócio.
O problema é que os mercados reagiram mal. O dólar subiu no Brasil e fechou a R$ 5,29, maior patamar desde janeiro. O Ibovespa desenhou uma queda forte, e chegou a cair 2,18%, mas caiu apenas 0,25%, aos 102.675 pontos, após as declarações das autoridades suíças.
A declaração conjunta da Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço (FINMA) e do SNB (Swiss National Bank) apontou que o Credit Suisse “atende aos requisitos de capital e liquidez impostos a bancos sistemicamente importantes” e que o banco central intervirá se a situação mudar e que ‘não há risco de contágio direto entre os problemas enfrentados por alguns bancos nos EUA e no mercado financeiro suíço’.