O presidente estadual do PL na Bahia, João Roma, disse, nesta segunda-feira (6), em entrevista à Rádio Brado, que o PL está no páreo pela disputa da prefeitura de Salvador em 2024.
“Além do meu nome, temos outros como o da doutora Raíssa, Capitão Alden e Roberta Roma, nomes que querem representar pessoas que deram recado claro nas últimas eleições”.
Roma não descarta conversar com o atual prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil). “Podemos sentar na mesa, definir algo em conjunto, mas desde que nossas bandeiras sejam abraçadas. A questão tributária aqui no Brasil, aqui na cidade de Salvador, que foi uma de nossas principais bandeiras no ano passado”, destacou ao também ressaltar que as conversas serão baseadas em pilares objetivos e sem “toma lá dá cá”: “você não viu traço de PL nessa reforma de Bruno. Nós temos bandeiras que queremos claramente colocar no papel”, assinalou.
Ao comentar a questão agrária e as invasões de terra que têm sido realizadas contra propriedades produtivas na Bahia, Roma apontou uma mudança de modelo entre os governos Bolsonaro e Lula. “Nós, que defendemos a reforma agrária nos moldes que fez o governo Bolsonaro, que titulou o cidadão, observamos que as pessoas que estavam lá sendo manipuladas pelo estado, começavam a enxergar que tinham o título na mão”, colocou Roma, que destacou que o atual governo aposta nas ações ilegais de invasões de terra.
“Hoje temos um governo que estimula a ilegalidade, a invasão de terras, o que não é necessário nesse Brasil, porque o Incra tem muita terra. O que faltam são recursos para georreferenciamento, para fazer a titulação dessas pessoas. Não é preciso sequer desapropriar mais nenhuma terra no Brasil”, explicou Roma, observando que na gestão de Bolsonaro foram concedidos mais de 400 mil títulos de terra aos despossuídos.
O presidente estadual do PL comentou também sobre os retrocessos que já se observam na economia. “Se o Brasil estivesse em um viés mais liberal, estaríamos em uma posição melhor. É lamentável a gente ver o quanto o Brasil tem sido ameaçado, o quanto vai gerar de consequência negativa”, comentou.
Roma apontou o retorno dos altos valores dos combustíveis após a reoneração da produção. “O que se vê é um combustível que no final do governo Bolsonaro chegou a menos de 5 reais e hoje atinge a mais de 8 reais em São Paulo. Mostra o efeito cascata da estrutura tributária que tem que mudar. As pessoas vão percebendo quão danosa vêm sendo esse retrocesso petista para o Brasil”, disse.
João Roma também recordou que, na semana passada, houve reunião da executiva do PL na Bahia. “Serviu para definir o papel da executiva estadual do PL. O PL não é um tribunal. De uma forma geral, temos uma bandeira. O que se espera do PL é um partido que defenda as pautas conservadoras”, resumiu.
Ao ser questionado sobre o fato de o deputado estadual do partido, Raimundo da JR, ter se tornado vice-líder do governo, ele explicou também a reação da médica Raíssa Soares. “Ela se sentiu indignada porque não foi consultada, como eu também não fui consultado. Discordo, mas respeito o mandato da pessoa. Não vou instalar um tribunal. O deputado responde pelo seu mandato”, asseverou o presidente do PL na Bahia.