GOVERNO TEM SUPERÁVIT DE R$ 78,3 BI, ABAIXO DO ESPERADO

As contas públicas seguem no azul neste início de ano, mas abaixo do previsto pelo mercado. Em janeiro, o Governo Central, que inclui Tesouro, Banco Central e

Previdência Social, teve superávit primário, sem contar os juros da dívida pública, de R$ 78,3 bilhões, superior aos R$ 76,8 bilhões do mesmo mês de 2022, mas abaixo dos R$ 79,6 bilhões esperados pelo mercado.

O Tesouro fechou janeiro com superávit de R$ 94,847 bilhões, 2,5% acima do superávit de 2022, mas 3,1% abaixo se descontada a inflação do IPCA do período. O Banco Central teve déficit de R$ 3,4 bilhões, 94,7% menor que os R$ 64 bilhões de janeiro de 2022, ou -95,0% em termos reais. Já a Previdência Social teve déficit de R$ 16,518 bilhões, 5,3% maior que em janeiro de 2022, ou -0,5% descontada a inflação. Em termos reais, a receita líquida do governo apresentou um crescimento de R$ 5,1 bilhões, ou 2,4%, enquanto a despesa total aumentou 6,0% em comparação ao mesmo mês do ano passado.

Entre os destaques de janeiro, o Tesouro cita o crescimento de 11,1% no imposto de renda provocada especialmente pelo Imposto de Renda Retido na Fonte, no valor de R$ 11,1 bilhões, ou crescimento de 33,6%. Houve aumento dos impostos sobre fundos de renda fixa e juros sobre capital próprio e rendimentos do trabalho, diz o Tesouro. Houve aumento das contribuições à Previdência, de 9,2%, ou R$ 3,885 bilhões, pelo aumento da massa salarial, compensado pelo aumento também das compensações tributárias.

Dividendos e participações ajudaram com R$ 6,308 bilhões, com o pagamento de dividendos da Petrobras. A Contribuição sobre o Lucro Líquido, ou CSLL, teve impacto negativo de R$ 6,250 bilhões no resultado de janeiro, ou queda de 18,4%, devido, segundo o Tesouro à queda de 52,7% na arrecadação da declaração de ajuste das empresas.

Foto: Raphael Ribeiro/BCB

Fonte: Banco Central – Governo Federal