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EM 2022, BA TEM AVANÇO RECORDE DA CARTEIRA ASSINADA

João Paulo - 28/02/2023 11:19 - Atualizado 28/02/2023

Segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2021 e 2022, o aumento da população ocupada na Bahia foi bem disseminado pelas diversas

formas de inserção no mercado de trabalho. Só duas das seis posições na ocupação tiveram saldos negativos de um ano para o outro: os trabalhadores familiares auxiliares (-8,2%, ou menos 17,3 mil pessoas, chegando a 193 mil) e os empregadores (-2,9%, ou menos 5,3 mil pessoas, chegando a um total de 178 mil).

O principal destaque positivo veio dos empregados no setor privado com carteira assinada. Eles tiveram crescimento recorde, de 12,4%, ou mais 168,5 mil pessoas, chegando a 1,523 milhão de trabalhadores – o maior contingente desde 2017, quando havia 1,541 milhão de empregados com carteira no estado. De 2021 para 2022, 4 em cada 10 pessoas que passaram a trabalhar na Bahia tinham carteira assinada.

Ainda assim, também aumentou o número de trabalhadores informais, pelo segundo ano consecutivo, puxados quase exclusivamente pelos empregados do setor privado sem carteira assinada. Esse grupo teve o segundo crescimento absoluto mais importante no estado, com mais 123,5 mil trabalhadores (+11,7%) entre 2021 e 2022, chegando a um novo recorde, de 1,178 milhão de empregados sem carteira. De um ano para o outro, 3 em cada 10 pessoas que passaram a trabalhar na Bahia eram empregados sem carteira.

Assim, a população ocupada informal na Bahia cresceu 4,1%, o que representou mais 127,3 mil pessoas nessa condição entre 2021 e 2022. Isso levou a informalidade a atingir um total de 3,194 milhões de trabalhadores no ano passado, o maior contigente para o estado desde 2016, quando se iniciou a série histórica desse indicador e havia 3,214 milhões de profissionais informais na Bahia.

Entretanto, como o total de pessoas trabalhando cresceu mais do que o total de trabalhadores informais, a taxa de informalidade no estado diminuiu um pouco, de 54,9% em 2021 (a maior da série iniciada em 2016) para 53,3% em 2022. Foi a mais baixa desde 2020, quando muitos informais tiveram de parar de trabalhar em razão da pandemia, mas continuou a 5ª taxa de informalidade mais alta dentre os estados, num ranking liderado por Pará (61,5%), Maranhão (58,9%) e Amazonas (57,5%). São considerados informais os empregados no setor privado e domésticos que não têm carteira assinada, os trabalhadores por conta própria ou empregadores sem CNPJ e as pessoas que trabalham como auxiliares em algum negócio familiar.

Fonte: IBGE

Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

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