Registro comparado com o mesmo período de 2023 é realizado pela PMBC e divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE).
A Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC) registrou em janeiro de 2023, um crescimento de 67% em comparação ao mesmo período de 2022. Os dados foram registrados no último sumário mineral divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O documento ainda indica que o ouro com 25%, o níquel e o cobre com 19% e o ferro com 13%, foram respectivamente os principais bens minerais produzidos no período.
Os municípios que se destacaram e lideraram a produção mineral comercializada da Bahia em janeiro deste ano foram Itagibá, Jacobina, Jaguarari e Juazeiro. Essas cidades respectivamentes foram responsáveis pela produção de níquel, ouro e cobre respectivamente.
De acordo com o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Antonio Carlos Tramm, o serviço de mineração é imporante para dezenas de municípios baianos, contribuindo para o crescimento economico do Estado.
“A mineração tem papel fundamental para o crescimento do estado. As cidades onde estão situadas as empresas são beneficiadas tanto com o dinheiro da CFEM — (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) — que retorna para o município, quanto pelos empregos gerados, que normalmente pagam três vezes a mais do que em outros setores, beneficiando toda a economia da região”, pontuou Tramm.
Ainda segundo ele, esses números mostram um crescimento significativo da mineração baiana, mas que poderia ser ainda mais expressivo se a Bahia já possuisse uma malha ferroviária mais eficiente. O presidente destacou ainda que um estudo feito pela CBPM, em parceria com o Conselho de Infraestrutura (COINFRA) da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB) e realizado pela Fundação Dom Cabral (FDC) demonstrou o verdadeiro potencial de demanda por ferrovias no Estado da Bahia.
“O estudo comprova o potencial ferroviário da Bahia. O Estado precisa sair desse isolamento logístico. Somos o terceiro maior produtor de minérios do país e podemos ter resultados melhores, mas para isso, precisamos de um trem que funcione, para aumentar a competitividade dos nossos produtos e consequentemente gerar mais emprego e renda”, destacou Antonio Carlos Tramm.
Foto: Atlantic Nickel/Divulgação