Não há a menor possibilidade de mudar a independência do Banco Central no Congresso, afirmou hoje o presidente da Câmara, Arthur Lira, em evento do BTG Pactual.
Segundo Lira, “quando se fala da independência do BC, privatização da Eletrobras, reforma trabalhista, não ouvi no parlamentar médio do Congresso nenhum sentido” de revisão nesses assuntos.
Segundo ele, o Congresso tem hoje outros focos, pautas de reforma tributária, arcabouço fiscal que devem ter prioridade. Sobre a proposta fiscal, Lira afirmou que há um Congresso mais conservador e um Executivo mais ligado ao social, por isso é preciso ter um texto moderado.
“Um texto radical para um lado ou para outro não terá sucesso no plenário”, disse. Segundo ele, é esperado um “texto médio, razoável, equilibrado, que trate de responsabilidade fiscal e responsabilidade social sem descambar para um lado ou para o outro”.
“Antes de discutir o que pode ser mudado, vamos discutir o que tem de ser feito”, afirmou. Ele afirmou ainda que as críticas ao BC são normais, e que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, já se dispôs a prestar esclarecimentos.
Foto: Adriano Machado/Reuters