O Índice Geral de Preços 10 calculado pela Fundação Getulio Vargas ficou praticamente estável em fevereiro, com alta de 0,02%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,05%.
Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,26% em 12 meses. Além da inflação baixa, o IGP-10 traz a boa notícia de que os preços no atacado seguem caindo, o que deve ajudar a inflação ao consumidor nos próximos meses.
“’Commodities e insumos agropecuários seguem influenciando a desaceleração da inflação ao produtor”, afirma André Braz, coordenador de Índices de Preços da FGV. Segundo ele, merecem destaque em fevereiro os itens: soja (que passou de -1,13% em janeiro para -3,34%), bovinos (de 2,40% para -2,51%) e adubos ou fertilizantes (de -3,05% para -6,19%).
Nos preços ao consumidor, os principiais destaques partiram dos serviços: passagem aérea (queda de -0,15% em janeiro para -3,86% em fevereiro), aluguel residencial (de -0,44% para -0,55%) e tarifa de telefone móvel (de 0,92% para -0,94%).
O IGP-10 é formada pelos subíndices de preços ao produtor, ao consumidor e na construção civil. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,14% em fevereiro. No mês anterior, o índice havia registrado taxa de -0,06%. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,55% em fevereiro, um pouco acima da alta de janeiro, de 0,47%. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação:
Despesas Diversas (0,10% para 1,77%), Transportes (0,06% para 0,52%), Educação, Leitura e Recreação (1,13% para 1,51%), Habitação (0,12% para 0,32%) e Comunicação (0,73% para 0,99%). Já os grupos Alimentação (0,67% para 0,23%), Vestuário (0,87% para -0,30%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,69% para 0,45%) desaceleraram. O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,33% em fevereiro, acelerando em relação ao 0,14% de janeiro.
Foto: divulgação
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