O Índice de Debêntures da Anbima, o IDA-Geral, que acompanha os preços de todos os papéis emitidos pelas empresas no chamado mercado secundário, dos negócios entre fundos e outros investidores, registrou queda de 1,69% em janeiro, informou a associação que reúne as entidades do mercado.
A perda foi um reflexo da forte desvalorização das debêntures da Americanas entre os dias 12 e 18 de janeiro, após a empresa anunciar um rombo contábil de R$ 20 bilhões e entrar em recuperação judicial, explica a Anbima. Entre os subíndices que compõem o IDA-Geral, o IDA-IPCA ex Infraestrutura, que acompanha os preços das debêntures corrigidas pelo índice de inflação e sem benefício fiscal, teve queda de 28,56% em janeiro por conta de Americanas.
Essas perdas impactaram os fundos de renda fixa, especialmente os de crédito privado, que tiveram de marcar o valor das debêntures a mercado, reconhecendo em suas cotas os prejuízos. Também os títulos do Tesouro longos do Tesouro registraram perdas em janeiro, com o índice IMA-B5+, de papéis corrigidos pelo IPCA, as NTN-Bs, com prazo superior a cinco anos recuando 1,26%, mas por motivo diferente do índice de debêntures.
No caso do IMA-B5+, a perda reflete o aumento da taxa de juros, que desvaloriza os títulos já em circulação, e tem efeito contábil apenas, já que só vale para o investidor que tiver de vender o papel agora, antes do vencimento. Já no caso de Americanas, o investidor dependerá da negociação da empresa com os credores e do desconto e dos novos prazos que a empresa obterá na recuperação judicial.
Foto: dinheiro divulgação
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