Menos de um mês após ser beneficiada com o regime aberto e deixar a prisão pelo assassinato dos pais, Suzane von Richthofen virou pequena empresária. Ao sair da Penitenciária Feminina de Tremembé (SP), no Vale do Paraíba, a ex-detenta se mudou para Angatuba, também no interior paulista, e abriu um ateliê virtual de acessórios femininos em tecido. Na página da loja “Su Entre Linhas” no Instagram, a microempreendedora individual informa que os produtos são exclusivos e feitos a mão.
Os acessórios custam entre R$ 50 (necessaire) e R$ 180 (chinelos cravejados) e a loja promete entregas no País todo, com parcelamento no cartão. O serviço é gerenciado por Josiely Olberg, irmã do ex-noivo de Suzane, Rogério Olberg, e de uma ex-companheira de cela da jovem em Tremembé. Quem acessa o serviço via WhatsApp é informado que o canal é destinado apenas às encomendas dos produtos artesanais. “Demais assuntos ou perguntas serão ignorados”, informa o texto.
Na quarta-feira, 8, a página da loja tinha pouco mais de 6 mil seguidores. Na manhã desta quinta-feira, 9, já contava com quase o dobro: 11,6 mil. São centenas de comentários, muitos com incentivos ao “recomeço” de Suzane, mas outros hostis e irônicos Proliferam também perfis falsos da “Su Entre Linhas”, alguns com o timbre de “oficial” e trazendo conteúdos com críticas e ironias à iniciativa de Suzane. O perfil original alerta para os falsos e pede que sejam denunciados.
A MEI (Microempreendedor Individual) foi aberta no último dia 24, com CNPJ em nome de Suzane Louise von Richthofen. No cadastro consta que o capital social é de R$ 1,00 e que o registro da microempresa está ativo. As postagens indicam que as compras online tiveram entregas realizadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Goiás. Chinelos de dedo bordados e com pedrarias foram os produtos mais pedidos. Na prisão, Suzane trabalhou em uma oficina de costura e ganhou experiência em fazer artesanato.