A crise que atingiu a gigante do varejo “ Lojas Americanas” já pode ser sentida nas lojas em Salvador. Uma reportagem do Jornal Correio percorreu algumas lojas na capital o que se viu foi reclamações de calor, preços acima do mercado.
Tanto nas lojas de shoppings, quanto nas de bairro, a insegurança dos consumidores e funcionários se repete: preços altos e medo de demissão, respectivamente. Até o momento, não houve corte no quadro ou fechamento de lojas na capital.
Em fase de contenção de despesas, gerentes de lojas admitem – sob anonimato, para proteção da identidade – que começaram a racionar o uso de ar-condicionado conforme número de clientes presentes. Assim como houve remoção de descontos, promoções e aumento de preços dos produtos. Eles negam previsão para corte de funcionários e a empresa mantém pagamento de salário e benefícios dos colaboradores. A situação, no entanto, não traz segurança para os vendedores, que sentem que podem ser demitidos a qualquer momento.
A sensação de recessão ainda diverge. Ao chegar nas lojas, tudo parece normal. Mas, aos poucos, é possível perceber os impactos, a exemplo do calor devido ao desligamento da ventilação. As lojas de bairro são as que mais apontam para crise, com prateleiras vazias, lâmpadas desligando e ar-condicionado desligado. Em outras unidades, a exemplo da no Shopping Barra, a principal reclamação dos clientes é os preços.
A Americanas informa que interrompeu alguns contratos de empresas fornecedoras de serviços terceirizados e que ainda vai definir e divulgar quais ações serão tomadas para os próximos meses. “A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de Recuperação Judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia”, diz em nota.