A relação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Banco Central não anda das melhores. Depois das duras criticas feitas pelo chefe de estado, ontem na cerimônia de posse do BNDES (Veja aqui), hoje circula em jornais do Brasil que a exoneração de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central já é dada como certa, após a divulgação da manutenção da selic em 13.75
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a avaliação é que Campos Neto poderia cair por descumprir a meta de inflação por dois anos consecutivos na gestão Bolsonaro, em 2021 e 2022. O entendimento tem como base a Lei 179/19, que definiu a autonomia do Banco Central. A legislação determina que o presidente da instituição pode ser exonerado se “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”.
Segundo a publicação, apesar de aberta essa possibilidade, o governo tem consciência de que a tarefa seria árdua, já que poderia gerar grande impacto econômico. Além disso, outro entrave é que a proposta de derrubar Campos Neto teria que ser aprovada por maioria absoluta pelo Senado. Desta vez, o presidente criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano. A decisão em si era esperada, mas o comunicado do BC considera que as expectativas de inflação pioraram, principalmente por conta da perspectiva de gastos públicos mais elevados neste início de governo.