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JUROS CURTOS RECUAM, MAS LONGOS SOBEM APÓS ATA DO COPOM

Redação - 07/02/2023 13:29 - Atualizado 07/02/2023

As taxas de juros mais curtas no mercado futuro reagiram positivamente à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, apesar de sua mensagem ainda dura com relação à inflação, e aos dados de inflação mais fraca do IGP-DI de janeiro.

As taxas para prazos mais curtos, até 2027, estão em queda, mas sobem nos prazos mais longos.

O juro curto reage positivamente diante das afirmações da ata, que citam o pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, como um fator que pode ajudar a derrubar a inflação. O aceno ao ministro foi visto como um fator que pode reduzir a pressão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Os investidores acompanham também informações do jornal Folha de S.Paulo, de que o presidente Lula poderia demitir Campos Neto por ele não ter conseguido cumprir a meta de inflação nos últimos dois anos. Há também a possibilidade de o presidente indicar dois diretores para o BC neste início de ano com um perfil contrário ao de Campos Neto para tentar influenciar a política monetária do Banco Central.

Nesse caso, faz sentido as taxas de juros caírem no curto prazo, mas subirem nos longos, diante de uma maior tolerância com a inflação agora que manterá os índices de preços altos no futuro. Os contratos futuros projetam para este ano taxa de 13,71%, próxima da Selic atual, de 13,75% ao ano e abaixo dos 13,79% de ontem. Para 2024, a queda é de 0,09 ponto percentual, para 13,10%. Já a partir de 2027, as projeções sobem, de 0,04 ponto percentual a 0,08 ponto. O dólar futuro também sobe, 0,34%, para R$ 5,186.

O Índice Bovespa tem pequena queda, de 0,05%, para 108.669 pontos. Diante da instabilidade, o Tesouro Nacional reduziu a oferta de títulos em seu leilão de hoje de papéis atrelados à inflação, em 68% em relação ao anterior, e em 33% nos papéis atrelados ao juro Selic.

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