O Conselho de Administração da Americanas decidiu nesta sexta-feira (3) afastar os diretores das áreas Financeira e Contábil da varejista e das empresas controladas pelo grupo.
Os diretores estatutários Anna Christina, José Timotheo e Márcio Cruz e os diretores executivos Fábio da Silva Abrate, Flávia Carneiro e Marcelo da Silva Nunes foram chamados para uma reunião às 17hs, quando houve o comunicado da medida.
O período e até mesmo o retorno dos diretores estão condicionados ao andamento das investigações – a empresa abriu uma apuração interna e o caso também é acompanhado pela Comissão de Valores Imobiliários. Em nota, o conselho afiram que o afastamento não representa “qualquer antecipação de juízo”. O conselho tem dois representantes dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcelo Telles e Carlos Alberto Sicupira. Lemann indicou o filho, Paulo Alberto, enquanto Beto Sicupira integra o colegiado.
A varejista entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro, após revelar oito dias antes dívidas de R$ 20 bilhões não informadas corretamente nos documentos contábeis. Ainda não se sabe o total do endividamento do grupo, tendo sido informados valores entre R$ 41 bilhões e R$ 47 bilhões. Egressos da gestão do antigo CEO Miguel Gutierrez – que ocupou o posto por 20 anos e saiu em dezembro de 2022 -, os diretores afastados não têm acesso à contabilidade e aos e-mails corporativos desde 11 de janeiro. O problema na contabilidade foi divulgado em fato relevante nesta data, pelo CEO Sérgio Rial, que renunciou com 10 dias no posto após a descoberta. Fontes: Estado de S. Paulo e CNN Brasil.
Foto: Divulgação/ Americanas
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