O Vitória deu um passo importante na briga por uma vaga nas semifinais do Campeonato Baiano. Na noite desta quinta-feira (2), o Leão venceu o Jacobinense por 2×0 no Barradão, foi aos 7 pontos e se aproximou do G4.
É apenas um de distância do Atlético de Alagoinhas, que fecha a zona de classificação. O primeiro gol foi marcado por Diego Torres, em cobrança de falta. Já o segundo teve bela assistência de Railan, que cruzou na medida para Rafinha cabecear, ainda no primeiro tempo.
O lateral havia entrado no lugar de Vicente, que saiu com dores. Railan atuou pela direita, enquanto Zeca, titular da posição, foi para a esquerda. Algo que é familiar ao jogador de 28 anos – afinal, foi por este lado que ele foi campeão olímpico pela Seleção Brasileira, em 2016. O técnico aprovou o desempenho, e disse que pode voltar a repetir essa alternativa em próximos jogos. “Nesse momento, achei interessante Railan mais pela direita, com um pouquinho mais de volume. Vi que no lado direito estava tendo um pouco de espaço, foi onde ele conseguiu fazer cruzamento para o gol. No lado esquerdo, a gente não estava tendo volume, e queria ter mais a posse de bola, o que o Zeca faz com tranquilidade”, disse.
“É uma possibilidade. Quando trouxemos Zeca, sabíamos que ele fazia as duas funções. Para ele, é muito normal vir por dentro, carregar essa bola, fazer o lançamento. Temos João Lucas também. É dar confiança a todos que estão no elenco. São competições uma atrás da outra. A gente já viaja amanhã para Maceió. Precisamos de todo o elenco disponível”, completou. Burse também comemorou a melhora no sistema defensivo. O Vitória chegou a ter média de 1,8 gol sofrido por partida, sendo vazado nove vezes em seus primeiros cinco jogos na temporada. As estatísticas melhoraram e, nos quatro duelos seguintes, foram apenas dois gols sofridos. Para o treinador, isso é resultado do entrosamento dos jogadores.
“Mais do que nunca, dar sequência. É importante para o jogador. Dankler e Camutanga tiveram dois, três jogos juntos. E não é questão só da zaga, dos defensores, mas do elenco mesmo. É algo coletivo, e que vai facilitar para que a bola não chegue com facilidade na defesa. Aos poucos, a gente vai se acostumando com os companheiros. Situação de atletas que chegaram depois. Tudo isso leva tempo. Eles vêm se entrosando e demonstrando evolução”, afirmou. O técnico do Vitória ainda foi questionado sobre a queda de ritmo da equipe rubro-negra ao longo da partida, principalmente na segunda etapa. Segundo Burse, não é um problema físico, mas de atitude.
“De maneira nenhuma a parte física. É questão de atitude. O Zeca cobrou isso. Mesmo quando a gente teve volume grande, a gente baixou. Não é o que temos pedido. É continuar agredindo, continuar tentando fazer os gols. De alguma maneira, a gente acaba baixando. É algo que a gente vem se cobrando, colocando nos treinamentos para jogar para frente, de fazer mais gols. É o que a torcida gosta. A gente tem tentado melhorar”, avaliou. Nos próximos dias, o Vitória deixará de lado o Campeonato Baiano para focar na Copa do Nordeste. O Leão enfrenta o CSA neste domingo (5), às 16h, no Estádio Rei Pelé, pela segunda rodada da competição regional.
(Pietro Carpi/EC Vitória)