INDICADORES DE CONFIANÇA NA ECONOMIA PIORAM EM JANEIRO

Os indicadores de confiança na economia brasileira começaram o ano em queda, um sinal ruim para o crescimento do país.

Segundo dados da Fundação Getulio Vargas divulgados hoje, a Confiança do setor de Serviços caiu 2,7 pontos em janeiro, atingindo 89,5 pontos, o menor nível desde fevereiro de 2022. Já a confiança do Comércio recuou 4,4 pontos, para 82,8 pontos, o nível mais baixo desde março de 2021.

Na sexta-feira, a FGV já tinha divulgado que a confiança da indústria havia recuado 0,2 ponto em janeiro, para 93,10 pontos, uma queda pequena, mas que reforça a tendência de piora nas expectativas para o ano. Para Dan Kawa, sócio da Tag Investimentos, a queda dos indicadores de confiança desde o fim de 2022 é um indicador antecedente importante que sinaliza para relevante desaceleração do crescimento do país à frente.

No caso dos serviços, a pior notícia é que a queda na confiança foi puxada pelo Índice de Expectativas para os próximos meses, que recuou 4,6 pontos, para 85,5 pontos, menor nível desde março de 2021, enquanto o índice de Situação Atual recuou menos, 0,7 ponto, para 93,6 pontos, mas no menor nível desde março de 2022. Já as expectativas do comércio sofreram mais com a Situação Atual, que caiu de 88,7 pontos para 79,9 pontos, a quarta queda mensal seguida e o menor nível desde fevereiro de 2022.

As expectativas do comércio, por sua vez, melhoraram ligeiramente, de 86,1 pontos para 86,5 pontos. Na indústria, houve queda no indicador de Situação Atual, de 0,7 ponto, para 93,1 pontos, enquanto as expectativas melhoraram, subindo 0,4 ponto, para 93,2 pontos. A confiança mais baixa reflete os juros ainda altos e sem perspectiva de queda após sinalizações conflitantes do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva sobre controle fiscal, metas de inflação e independência do Banco Central.

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