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BRASILEIROS ELEGEM O REGIME HÍBRIDO E O HOME OFFICE COMO PREFERIDOS

Redação - 30/01/2023 07:21 - Atualizado 30/01/2023

Em 2023, os brasileiros darão preferência às vagas no modelo home office. Isso foi o que mostrou um levantamento realizado na plataforma Vagas.com para o software de R&S Vagas For Business.

Segundo a pesquisa, 30,1% preferem essa modalidade de trabalho enquanto 28% dos entrevistados vão além, apostando na possibilidade de ingressar em qualquer empresa do Brasil e do mundo, o chamado anywhere office (trabalho em qualquer lugar).

Entre as justificativas da escolha, estão questões como a proximidade com a família, a economia no deslocamento, o gerenciamento do próprio tempo. O estudo “Preferências do local de trabalho, realizado de 29 de outubro a 7 de novembro de 2022, por e-mail, contou com a participação de 11.601 candidatos da base de dados da Vagas.com. O objetivo da pesquisa é entender as preferências dos candidatos pelos modelos de trabalho disponíveis e os motivos pelos quais mais gostam desses formatos.

Apesar do home office ser o queridinho, quando comparado ao regime híbrido, ele perde a preferência e a mescla entre trabalhar em casa e na empresa ganha 43,15% dos respondentes, cuja escolha pelo presencial foi preterida (26,84%) em relação aos demais modelos (home office e híbrido).

Benefícios

O professor e consultor em gestão, governança corporativa, planejamento estratégico, liderança e processos de decision making, Uranio Bonoldi explica que a escolha é compreensível diante dos benefícios, a exemplo da flexibilidade de horário, tempo para si mesmo melhor aproveitado, uma vida mais saudável em função da possibilidade de uma alimentação mais balanceada e o exercício de alguma atividade física.

 “Aliado a isso, possibilidade de se reciclar com mais intensidade pela realização de cursos, treinamentos online e participação em lives e webinars. Da mesma forma, o convívio em família, com amigos e, alguma atividade de cunho social, que podem ser praticados com maior facilidade. Tudo isso se tornou possível pela economia de tempo e flexibilidade de horário”, explica.

Para o consultor em gestão, a pandemia gerou uma transformação interessante, pois o que importa é a execução e entrega daquilo que deve ser feito. “Caíram as barreiras geográficas, e o que era controle deu espaço ao monitoramento e gestão da execução. Com isso, surge um destaque para habilidades comportamentais exigidas tanto dos líderes como dos liderados”, pontua, reforçando que os novos tempos exige que os líderes exerçam uma boa comunicação daquilo que se deseja em função das metas a serem alcançadas e do porquê, bem como a habilidade de motivar equipes à distância.

Novos formatos

Officeless, anywhere office, workcation, coworking e home office, são alguns dos novos formatos de trabalho que se intensificaram após a pandemia da Covid-19 e permanecerão em destaque esse ano.

Diretora de conteúdo e relações institucionais da Great Place To Work, Daniela Diniz lembra que os dados demonstram que existe um aumento da conscientização das empresas sobre a necessidade de criar uma experiência positiva para os colaboradores em todas as etapas da jornada, mas ainda existem lacunas que devem ser preenchidas. “Além da flexibilidade conquistada pós-pandemia, as empresas têm se mostrado mais abertas a ampliar benefícios para engajar e manter talentos”, aponta Daniela.

“A possibilidade de trabalhar em qualquer lugar veio para ficar e, aos poucos, têm conquistado ainda mais força. Em alta no Brasil e no mundo, o trabalho remoto continuará a prosperar nas empresas”, acredita a CEO da empresa de assinatura de móveis para escritório Jonh Richards Pamela Paz.

Uranio Bonoldi salienta que o modelo híbrido, por sua vez, exerce um papel bem interessante por oferecer certo equilíbrio às relações interpessoais. “Um alerta que sempre procuro transmitir é que sendo o ser humano um ser social, é muito importante que mantenha o contato com as pessoas. Ficar 100% do tempo “trancado” em um ambiente apenas, na frente de uma tela e não se relacionar de forma presencial, pode não ser sadio por atrofiar certas habilidades importantes”, alerta.

No que diz respeito aos profissionais, Bonoldi reforça que, independente do modelo escolhido, esse colaborador deve estar em constante aprendizado, sempre buscar aprimorar aquilo que faz, cuidando do perfil nas plataformas digitais e de emprego, investindo em idiomas porque as possibilidades de trabalho remoto tendem a crescer. “Do lado do liderado, ele deve desenvolver ao máximo sua disciplina, engajamento e proatividade, pois ele passa a ser absolutamente responsável pela execução sem que a liderança esteja ao seu lado no dia a dia de trabalho”, finaliza Bonoldi.

Preferência em dados

– Não precisar se locomover até o trabalho (13,99%);

– Ter mais tempo para cuidar da família (11,76%);

– Ter tempo para outras atividades (11,76%);

– Flexibilizar o tempo de trabalho com atividades domésticas (10,39%);

– Ter mais foco e concentração (9,67%).

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