Hotéis e pousadas de Salvador vão adotar medidas para coibir o turismo sexual na cidade durante o Carnaval.
Seguindo recomendação do Ministério Público, os estabelecimentos devem controlar o ingresso de hóspedes crianças e adolescentes, por meio da comprovação de parentesco dos responsáveis, e manter visível mensagem trilíngue de advertência contra a exploração sexual de menores. O presidente da ABIH-BA (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Regional Bahia), Luciano Lopes, garantiu nesta quinta-feira, 26, que as ações vão estimular a consciência no setor para combater o crime.
“Cada hotel associado exibe uma placa informando que naquele estabelecimento combate a prática do turismo sexual, sobretudo, com criança e adolescentes. E a gente procura estar sempre dialogando com nossos hotéis associados e propagando isso para que a gente reforce com todos os nossos colaboradores que trabalham no dia a dia com nossos hóspedes para que a gente possa coibir essa prática”, explicou Lopes, durante entrevista a rádio A Tarde FM.
O MP recomendou também que os hotéis mantenham cadastro contendo, no mínimo, o nome completo, a data de nascimento e o número do documento oficial de identidade das crianças e adolescentes quanto do adulto responsável; e capacitem funcionários e prestadores de serviços, a exemplo de porteiros, recepcionistas e camareiras, sobre as normas de proteção, inclusive na prestação de socorro às vítimas.
Expectativa para o verão
Durante a entrevista aos jornalistas Jefferson Beltrão e Ernesto Marques, o presidente da ABIH-BA também destacou a expectativa do setor com a chegada do verão. Segundo Luciano Lopes, Salvador tem se consolidado como importante ponto de turismo de lazer e está voltando a recuperar os índices de hospedagem do período anterior à pandemia. Ele considera que o turismo foi o primeiro setor atingido e o último a se reestabelecer. “Dados de 2022 apontam que nós tivemos uma taxa de ocupação hoteleira apenas cinco pontos percentuais abaixo do que foi o período pré-pandemia, ou seja, o ano de 2019. Fechamos 2019 com 62% e terminamos 2022 com 57%. A gente está agora num período muito aquecido.
Foto: divulgação