Estudantes se queixam do baixo número de professores e de obrigatoriedades impostas pela instituição
Por: Douglas Santana Ferreira
Alunos da Universidade Católica do Salvador (Ucsal) realizaram um protesto no campus Pituaçu, que fica na Av. Pinto de Aguiar, nesta terça-feira (24), contra um suposto sucateamento da tradicional instituição de ensino superior.
Os alunos se queixam, por exemplo, do baixo número de professores; do mínimo de disciplinas por semestre (seis); e do formato do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), que passou a ser obrigatoriamente em grupo.
“Temos diversos cursos que estão sendo constantemente sucateados. Além disso, estamos passando por uma situação em que somos basicamente coagidos a pegar disciplinas que não precisamos. A grade é montada pela universidade, e não sabemos quanto estamos pagando por cada matéria”, reclamou o estudante Victor Gabriel Oliveira, de 24 anos, para o Jornal Correio.
Relatórios da Ucsal apontam que, de 2010 a 2020, o número de professores caiu de 751 para 352, ou seja, 53% a menos. No mesmo período, a queda da quantidade de alunos foi 30%. O coordenador-geral do Sindicato dos Professores na Bahia (Sinpro-BA), Allysson Mustafa, afirma que a Universidade Católica passa por problemas de gestão há mais de 20 anos.
“Um show de horrores, infelizmente, para uma instituição com décadas de bons serviços prestados à comunidade, mas que, nesses últimos anos, têm trazido para a comunidade uma mancha grande na sua história”, lamenta o coordenador-geral.
Foto: Arisson Marinho/CORREIO
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