Depois de carregar a fama de “isentona” durante muitos anos, a cantora Ivete Sangalo resolveu se posicionar politicamente durante o período eleitoral de 2022, mesmo que de forma pouco incisiva. Em entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, a apresentadora do The Marked Singer Brasil contou que sempre optou por “ouvir e aprender” do que falar.
“No início [da carreira], tinha uma resistência a falar sobre isso porque de fato não tinha compreensão. Mas entendi que política você faz no dia a dia”, afirmou. “Esta foi minha escolha, e eu respeito a minha escolha. A gente precisa se respeitar”, explicou a artista.
Além disso, a baiana criticou o a falta de respeito as opiniões discordantes. “A polarização é um entrave. Isso precisa ser desfeito para voltarmos a dialogar de forma civilizada. Quando está muito polarizado, tudo o que se diz é só lenha na fogueira. Você vai jogando madeira, madeira, madeira, e vai queimando”, disse.
Em 2021, Ivete afirmou que não apoiava o ex-presidente Bolsonaro, dizendo que o governo não a representava “nem antes de a ideia dele existir”. A declaração, que veio após as críticas de internautas, fez sua popularidade nas redes sociais crescer 51%, de acordo com o instituto de pesquisas Quaest.
A rainha do axé também se disse otimista pelo futuro do Brasil nos próximos anos. “Nunca estivemos tão sedentos pelo futuro. Entramos num ano de maior esperança e possibilidades. Saímos de um tempo de retrocesso e entramos em 2023 com o pé direito, onde há mais esperança, e vamos caminhar para frente”, completo.