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GRUPO QUE ADMINISTRA AS LOJAS AMERICANAS EMITE COMUNICADO NEGANDO QUE SABIAM DO ROMBO DE R$ 40 BI

Redação - 23/01/2023 08:55 - Atualizado 23/01/2023

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os principais acionistas da 3G Capital, que controla a Americanas (AMER3), se manifestaram neste domingo (22), sobre as acusações de que teriam sido lenientes com as fraudes contábeis descobertas nos balanços da companhia.

Em um comunicado público, Lemann, Telles e Sicupira afirmam que “jamais” tiveram conhecimento, e que “nunca” admitiriam “quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia”. O trio acrescenta que a PwC, responsável pela auditoria independente das contas, “jamais” denunciou “qualquer irregularidade.”

Lemann, Telles e Sicupira sobre Americanas: “Acreditávamos que tudo estava correto”. “Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto”, dizem na nota pública, e continuam: ” Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos.”

“No dia 11 de janeiro de 2023, por meio de ‘fato relevante’, a Americanas S.A. tornou pública a existência de significativas inconsistências em sua contabilidade. Desde então, sempre com transparência e imediatismo, vários esforços vêm sendo feitos para o correto tratamento dos desafios que hoje se colocam à empresa.

Usamos dessa mesma clareza para esclarecer de modo categórico e a bem da verdade que:

1) Jamais tivemos conhecimento e nunca admitiríamos quaisquer manobras ou dissimulações contábeis na companhia. Nossa atuação sempre foi pautada, ao longo de décadas, por rigor ético e legal. Isso foi determinante para a posição que alcançamos em toda uma vida dedicada ao empreendedorismo, gerando empregos, construindo negócios e contribuindo para o desenvolvimento do país.

2) A Americanas é uma empresa centenária e nos últimos 20 anos foi administrada por executivos considerados qualificados e de reputação ilibada.

3) Contávamos com uma das maiores e mais conceituadas empresas de auditoria independente do mundo, a PwC. Ela, por sua vez, fez uso regular de cartas de circularização, utilizadas para confirmar as informações contábeis da Americanas com fontes externas, incluindo os bancos que mantinham operações com a empresa. Nem essas instituições financeiras nem a PwC jamais denunciaram qualquer irregularidade.

4) Portanto, assim como todos os demais acionistas, credores, clientes e empregados da companhia, acreditávamos firmemente que tudo estava absolutamente correto.

5) O comitê independente da companhia terá todas as condições de apurar os fatos que redundaram nas inconsistências contábeis, bem como de avaliar a eventual quebra de simetria no diálogo entre os auditores e as instituições financeiras.

6) Manifestamos mais uma vez nosso compromisso de integral transparência e de total colaboração em tudo que estiver ao nosso alcance para esclarecer todos os fatos e suas circunstâncias.

7) Lamentamos profundamente as perdas sofridas pelos investidores e credores, lembrando que, como acionistas, fomos alcançados por prejuízos.

8) Reafirmamos o nosso empenho em trabalhar pela recuperação da empresa, com a maior brevidade possível, focados em garantir um futuro promissor para a empresa, seus milhares de empregados, parceiros e investidores e em chegar a um bom entendimento com os credores.

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