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DIRETOR DA ANP DISCUTE NA FIEB O FECHAMENTO DE 37 POÇOS DE PETROLEO DA BAHIA, MAS ANUNCIA APENAS UM GRUPO DE TRABALHO

Redação - 20/01/2023 17:34 - Atualizado 20/01/2023

Fieb reuniu diretores da ANP e lideranças empresariais e políticas

A Fieb – Federação das Indústrias do Estado da Bahia  realizou nesta quinta-feira (19), reunião com diretores da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Brasil – ANP e o  Conselho de Petróleo e Gás da Federação para discutir paralisação de campos maduros na Bahia

Lideranças da entidade, políticos, empresários e representantes de trabalhadores da indústria do Petróleo discutiram com diretores da ANP, inclusive o diretor geral Almirante Rodolfo Saboia, possíveis alternativas à medida do órgão que suspende a produção em sete municípios do estado.

O presidente da FIEB, Ricardo Alban, reconheceu a atenção da ANP com a situação, conclamando a participação de todos na busca por uma solução razoável em resposta à medida. “Nosso objetivo comum é buscar as ações que levem à retomada das atividades nos campos de petróleo, no menor prazo possível, sem prejuízo da segurança com as pessoas e do meio ambiente”, pontuou.

Presidindo a reunião, o vice-presidente do Conselho e da FIEB, Roberto Fiamenghi, lembrou que, apesar da interdição dizer respeito às operações da Petrobras, o impacto é sistêmico sobre a indústria baiana, afetando operadores independentes de petróleo, empresas do Polo de Camaçari, a Bahiagás e seus consumidores, trabalhadores e municipalidades.

O prefeito de Catu, Pequeno Sales, afirmou que uma paralisação “generalizada” da exploração dos campos de petróleo gera enorme prejuízo ao seu município, assim como a aos outros atingidos pela medida. “Seja em termos de arrecadação pública aos proprietários de terras ocupadas pela exploração, seja no risco ao emprego dos cidadãos e na redução da demanda em todos os serviços derivados da atividade do petróleo na região”, disse em tom de desalento.

Na ocasião, os representantes dos poderes públicos e dos trabalhadores defenderam não haver necessidade de paralisação total das atividades, apesar de reconhecerem que as áreas demonstram algum nível de deterioração por falta de manutenção adequada.

Apesar dos representantes do setor falaram sobre os impactos sociais e econômicos da parada do Polo Bahia Terra e as ações necessárias para o retorno rápido e seguro de sua produção,  Rodolfo Saboia disse apenas que foi criado um Grupo de Trabalho para avaliação do plano de trabalho da Petrobras  e prometeu levar as questões apresentadas à ANP para avaliação.

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