“A companhia informa que há discussões em curso com os credores financeiros, mas que até o momento, não há nenhum fato ou documento vinculante nos termos mencionados que mereça divulgação, conforme legislação em vigor, e que irá manter o mercado e o público em geral devidamente atualizados acerca de quaisquer informações relevantes relacionadas ao tema”, afirmou a Americanas em comunicado.
Antes da recuperação judicial, o pedido dos bancos teria sido de uma capitalização de R$ 15 bilhões, a fim de compensar o rombo gerado pelas inconsistências contábeis. Além disso, teriam pedido uma conversão de 20% da dívida em ações. Com isso, a varejista negou que essas propostas mais volumosas chegaram à sua porta – embora o follow-on fosse uma possibilidade amplamente citada pelo mercado como um caminho alternativo à recuperação judicial.
A Americanas (AMER3) pediu à Justiça um prazo de 48 horas para apresentar a lista completa de seus 16.300 credores, segundo informações do seu pedido de recuperação judicial, que foi protocolado nesta quinta-feira (18). O documento disse que a Americanas pode se recuperar uma vez que possui ativos de “elevado valor e de uma posição de caixa positiva, desde que não sejam autorizadas as ilegais compensações e restituídos os valores apropriados indevidamente”.
O pedido de recuperação judicial também citou a competência das empresas do grupo e os bons indicadores do mercado em que opera. O documento diz que a Americanas gera mais de 100 mil empregos diretos e indiretos e paga cerca de R$ 2 bilhões de impostos ao ano, além de quase 150 mil acionistas.